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Site: Clube de Fãs Oficial dos Tokio Hotel (CFTH)
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Tradução da entrevista:

Bill, no videoclip da “Boy Don’t Cry” vemos-te vestido de Drag. Como é que isso aconteceu?
Bill:
Originalmente, era para ter sido um actor a assumir este papel. Em conversa com o director do videoclip surgiu a ideia de que seria muito mais fixe se fosse eu a interpretar a personagem. O conceito de auto-realização é-me muito querido. É sobre um homem que salva-se a si próprio de uma depressão emocional ao ir dançar livremente vestido de mulher. Esta também é a mensagem central da música: salvar-nos a nós mesmos ou deixar que alguém nos salve ao vermos o mundo com diferentes olhos.

Como é que foi a tua experiência como Drag?
Bill:
Muito engraçada. Divertimos-nos imenso no set. Todos escolheram o seu outfit e experimentaram diversas perucas. Neste ponto, devo dizer que tive um estilista muito fixe que estava aberto a tudo. Todo o set foi uma verdadeira festa e não uma festa fabricada. Todos os que fizeram parte do vídeo são amigos meus de Berlim e que vieram para a gravação do videoclip.

Existe apenas uma palavra em alemão na música: “All she wants to do is tanzen”. Quando dizes “she” [ela] refereste à tua “personalidade Drag” ou refereste a outra pessoa?
Bill:
A ideia original da música era sobre conhecer um extraterrestre com aparência feminina e que salva alguém. É por isso que a personagem Drag encaixa muito bem. A pessoa que salva pode ser qualquer um ou qualquer coisa, como por exemplo uma voz interior que te pede para dançar.

Nunca houve nenhuma outra celebridade alemã que tivesse sido tão assediada e tão seguida como tu. Consegues imaginar saíres vestido de Drag para passares incógnito?
Bill:
(risos) Acho que assim iria certamente atrair muito mais atenção! Mas já me vesti em certas ocasiões de forma a que ninguém me reconhecesse, por exemplo com óculos de sol, calças de fato de treino, boné e um bigode postiço. Saí assim no ano passado para ir ao Mercado de Natal. Mas, a parte negativa é quando os fãs te reconhecem de qualquer das formas e querem tirar uma foto contigo. Depois apareces com o teu outfit ridículo. E isso não parece fixe de todo. (risos).

Supostamente, houve fãs que vasculharam o teu lixo, pegaram nas tuas cotonetes e discos de algodão e reutilizaram. Os teus fãs ainda são assim ou já estão mais crescidos?
Bill:
Este/a fã dos discos de algodão não batia bem da cabeça! Ainda existem fãs assim, mas entretanto já sabemos como lidar com eles. Houve uma época em que nos sentimos tão restritos em podermos ir a qualquer sítio que o nosso sucesso era igual a uma prisão. Mesmo hoje em dia tomo atenção àquilo que revelo da minha vida nos meus instagram stories. Só posto uma foto de um quarto ou de um hotel quando já saí dele. Alguns fãs são muito extremos. Eles analisam o sofá que está na foto ou o quarto e tentam descobrir onde é que estás naquele momento. Estes fãs são mesmo a excepção, a maior parte deles são muito atenciosos.

O teu agente disse-me que era muito importante para ti abordares a comunidade LGBT no videoclip da “Boy Don’t Cry”. Porquê?
Bill:
Acredito que muitas pessoas que pertencem a esta comunidade podem identificar-se com esta música. É sobre viverem com o facto de serem diferentes e libertarem-se das suas restrições para se livrarem da sua depressão. A liberdade de se poder amar a pessoa que se quer e vestir o que quiser é muito necessário para mim enquanto artista. Mas tem que se ser muito confiante e corajoso.

Tu já tiveste essa liberade quando te tornaste famoso com os Tokio Hotel há dez anos atrás. Com a tua maquilhagem e o teu cabelo comprido quebraste com os estereótipos de género na nossa sociedade. As pessoas já estão mais à vontade com este tipo de coisas hoje em dia?
Bill:
Acho que estão um bocado. O progresso vai sendo feito passo a passo. Acho que a minha idade tem um grande papel nesta parte. Tenho a sensação de que os outros me respeitam mais enquanto adulto no que diz respeito à minha aparência. Quando era adolescente era muito diferente. Tinham que me ir buscar à escola porque as pessoas queriam dar-me porrada por causa do meu estilo. Mas sempre lidei com estas coisas. Quando alguém me dizia para não o fazer era quando eu fazia pior. Provocava a minha liberdade por assim dizer.

Há três anos atrás escreveste que ainda acreditavas no teu “grande amor” e que o género não é importante para ti. O mundo é obcecado por géneros?
Bill:
Absolutamente. Os estereótipos são muito importantes para as pessoas. Tão importantes quanto à pergunta se vou para casa com uma mulher ou com um homem. É a primeira coisa que as pessoas me perguntam quando começam a ficar embriagadas. As pessoas ficam malucas quando não sabem.

Muitas vezes, os media escrevem de forma irónica/a gozar contigo. A revista FHM incluiu-te na lista «100 Unsexiest Woman» [100 mulheres menos sexy] juntamente com Beth Ditto. Já aguentas melhor com este tipo de manchetes?
Bill:
Isto nunca me afectou realmente, também porque sempre tive o apoio da minha família. Venho de uma família artística que me permitiu viver da forma que quero em casa. Não existiam restrições nem hostilidades no que diz respeito às minhas roupas ou penteados. Fiz o meu primeiro piercing aos 13 anos e a minha primeira tatuagem aos 15. Na escola sempre tive a vantagem de poder contar com o meu irmão gémeo Tom. Éramos o apoio um do outro por assim dizer. Mas, uma vez que sofríamos do mesmo, ainda passámos tempos difíceis. Com 15 anos consegui subir ao palco e isso fez com que as coisas ficassem mais fáceis. Ainda que tivesse que lidar com muito ódio, o sucesso trouxe-me a segurança necessária.

Disseste em algumas entrevistas que o teu último álbum “Dream Machine” foi o teu álbum de sonho. Ninguém falou contigo e fizeste o que quiseste. Os produtores concederam-te isso de bom grado? Ou foi uma luta para romper com a linha?
Bill:
(risos) Nem uma nem outra! Depois do nosso último álbum, o contrato com a nossa editora discográfica terminou e, pela primeira vez, conseguimos ser livres. Por isso, não tínhamos que pedir autorização a nada nem ninguém. Depois de termos o álbum terminado, começámos à procura de parcerias. Foi muito bom.

No entanto, na música “Easy” cantas que antes tudo era mais fácil quando fumavas erva no banco de trás do carro. E o que é que mais é que foi melhor no passado?
Bill:
Oh, tudo é melhor quando se faz pela primeira vez! O primeiro beijo, a primeira ecstasy (risos). A música é sobre a indiferença da juventude e que quer preservar essa indiferença. Só se apaixona pela primeira vez uma vez. O sexo é que talvez seja uma excepção. Quanto melhor, mais sabes sobre isso (risos).

Durante a produção do álbum, tiveste medo de ter experimentado tudo e não sentires nada de novo. Esse medo foi confirmado?
Bill:
Tive essa crise especialmente antes do álbum. Com a minha idade, há quem acabe a universidade e comece a trabalhar. Tive muitas vezes a sensação de que se morresse amanhã, não fazia mal porque fiz o que quis e tive uma vida incrível. Isto pode ser comparado às crises de meia idade, as quais geralmente se dão aos 40 anos. Mas, connosco ela veio mais cedo. Esta crise fez-me escrever a “Something New”. É sobre experimentar e voltar a experimentar novas coisas. É tudo uma questão de perspectiva, a qual muda através de amigos, de um novo amor ou apenas vendo o mundo com diferentes olhos.

No ano passado, lançaste o teu EP “I’m Not Ok”. As músicas são muito sombrias e disseste numa entrevista que curaste o teu coração ao gravares as músicas. Como é que estás hoje?
Bill:
Nunca tive muita sorte no amor. Mesmo hoje, não posso dizer que estou numa óptima relação, mas estou bem. Não quer que a minha sorte dependa de terceiros. O meu EP é sobre o meu “grande amor” que não acabou bem. Muitas pessoas têm este tipo de pessoa que não conseguem ultrapassar. Mas, ainda estou convencido de que vou conhecer uma nova pessoa. Mas, ainda vou carregar esta história comigo. Independentemente de quantos anos passem, ainda vai doer um pouco.

Última pergunta: A música “Dream Machine” é sobre os teus sonhos. Qual é que é o teu maior sonho?
Bill:
Isso é difícil, tenho muitos! Quero casar-me. Gostava de desenhar a minha própria linha de moda e de ter a minha própria discoteca. Estes são os meus sonhos. Mas são mais do que um (risos).

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Tradução: CFTH
Fonte 1 | Fonte 2

By Tania

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